INFÂNCIAS PRECARIZADAS: A RESILIÊNCIA DE CORPOS INVISÍVEIS NO HOSPITAL COLÔNIA DE BARBACENA E SEUS ECOS NA CONTEMPORANEIDADE

Autores

  • Kirsty Hellen Santos Araujo FAE- Centro Universitário
  • Maria do Desterro de Figueiredo FAE- Centro Universitário

Resumo

O corpo é a essência do ser, no qual se inscrevem marcas políticas, sociais e históricas. Nesse corpo, estão gravadas tanto vivências de alegria quanto as cicatrizes das precariedades. Na contemporaneidade, o interesse pelo corpo é crescente, fundamentalmente pelos corpos infanto-juvenis, dantes tão negligenciados. O termo "infância", derivado do latim in-fans (aquele que não fala), sugere uma condição de incompletude, implicando que a criança está em um estado de desenvolvimento até alcançar a maturidade adulta. No Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, essa visão era amplamente aceita. Os corpos infantis, eram sujeitos a intervenções médicas e tratamentos desumanos, em condições insalubres. O arquétipo da criança, descrito por Jung como aquele que explora o desconhecido, foi abafado pela escuridão do Hospital e pelas experiências que levaram ao medo e à precarização dos corpos. Os corpos infanto-juvenis, muitas vezes objeto de disputas políticas, foram alvo de medidas disciplinares corretivas. No entanto, a mobilização popular brasileira e as constantes denúncias contribuíram para a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente, que promoveu a valorização e proteção integral desses indivíduos na sociedade. Frente a estas discussões, esta Revisão Narrativa de Literatura tem por finalidade entender as transformações na forma como os corpos infanto-juvenis são tratados pelos profissionais de saúde e educação, e explorar possibilidades para a atuação do psicólogo. Por fim, será apresentado as contribuições da Nise da Silveira, a qual destacou a importância do ambiente acolhedor para estimular a autocura da psique, permitindo a livre expressão dos sentimentos por intermédio das artes.

Biografia do Autor

Kirsty Hellen Santos Araujo, FAE- Centro Universitário

Pós-graduanda em Psicologia Clínica Infantil pela FAE Business School, em Curitiba. Extensionista do Laboratório de Pesquisa em Transtornos Alimentares, Obesidade e Saúde Mental (LATOS)

Maria do Desterro de Figueiredo, FAE- Centro Universitário

Professora orientadora. Psicóloga Doutora em Medicina Interna e Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Paraná. Professora na FAE Centro Universitário e coordenadora do Laboratório de Pesquisa em Transtornos Alimentares, Obesidade e Saúde Mental (LATOS), em Curitiba/PR.

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Publicado

2025-01-27

Como Citar

Kirsty Hellen Santos Araujo, & Maria do Desterro de Figueiredo. (2025). INFÂNCIAS PRECARIZADAS: A RESILIÊNCIA DE CORPOS INVISÍVEIS NO HOSPITAL COLÔNIA DE BARBACENA E SEUS ECOS NA CONTEMPORANEIDADE. Anais Simpósio De Pesquisa E Seminário De Iniciação Científica, 9(2). Recuperado de https://sppaic.fae.edu/sppaic/article/view/358

Edição

Seção

Resumos